04/06/2010

Tão distante

Direitos Reservados - Ed.Braun//hmt> publicação em "Minúcias de Palavras"

Nas torrenciais ondas e cachoeiras de choros sublimes
navego numa nau a pique, socorra-me... Dê a mão a este leme.
venhas velejar e fazer-me descansar. Teu hálito no meu sono profundo acareia a águas e faz rolar as lágrimas em segundo.
Não te alcanço, longe, neste mar, as ondas lhe faz descer... Faz subir
Meus olhos são lunetas, te busca em teu lugar.
O coração ficou rouco, te chama, quer ressurgir.
Aonde vai? tão distante? Minhas mãos não te alcançam
Meus braços são curtos. Perco-te num sorriso afogado
Tudo se faz de remos inúteis, nado... Sou corpo molhado
Sou destroços na poupa, me dobro, as águas me quebram...
socorre-me... Faço olhos de quem à espera, porém fatalmente estou só.
Estou nas pedras, sem eira sem beira, no inerte do pó.

Escritor por José Vitor

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